segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

"We have assumed control" - 2112 Rush


Hoje vou falar de um dos albúns que mudaram minha vida, um dos melhores, e o que eu mais escuto(acho).
2112
(pronuncia-se "vinte um, doze", do inglês "twenty-one-twelve") é o quarto albúm de estudio da banda canadense Rush, lançado em fevereiro de 1976. Este álbum está na lista dos 200 albúns definitivos no Rock and Roll Hall of Fame.
Conta com 6 faixas e sendo iniciado por 2112, a música principal, e a melhor(não que as outras são ruins, pelo contrario, são fantásticas), e é uma das minhas favoritas, senão a mais.
Com seus 20 min e 34 seg, todos os integrantes da banda mostram do são capazes com seus respectivos instrumentos. Mas o que mais se destaca é a letra de Neil Peart. Nela, ele conta a história de uma sociedade futurística muito parecida com aquela descrita por Aldous Huxley em sua obra-prima Admirável Mundo Novo. É uma sociedade totalmente controlado por “Priests”, que monitoram e censuram todos os aspectos da vida de seus cidadões. Mas tudo muda para um cidadão em particular, no dia em que ele acha um objeto que o liberta dessa vida alienada. A música pode ser vista como uma parábola, muito atual por sinal, e o objeto encontrado pode ser interpretado de diversas maneiras.
A primeira parte da música é instrumental, e é simplesmente arrebatadora. Logo depois, a segunda parte entra com a enigmática citação “...And the meek shall inherit the Earth” (...e o humilde irá herdar a terra). Nessa parte, Geddy Lee canta agressivamente introduzindo na histórias os Priests. Na terceira parte, Geddy muda radicalmente os vocais para falar do personagem principal e sua descoberta. Na quarta parte, em um duelo incrível de vocais de Geddy contra ele mesmo (personagem principal contra Priests), os Priests esnobam e ficam bravos com o nosso herói e sua descoberta. “Forget about your silly whim, it doesn't fit the plan”, gritam os enraivecidos Priests. Na quinta parte, o personagem mostra-se confuso com tudo que está acontecendo e tem um sonho revelador. Na sexta parte, o personagem já tem consciência do horrível mundo em que vive e decide deixar-se morrer para se libertar. Destaque para a incrível interpretação de Geddy na hora da morte. Na última parte, os seres maravilhosos que apareceram no sonho do personagem voltam para retomar o controle do planeta. Tudo se encaixa perfeitamente na música: os solos de guitarra de Alex Lifeson; o baixo, também a cargo de Geddy; a bateria incrível de Peart e principalmente os vocais de Geddy. E mesmo depois de passados mais de 20 anos da composição da música, Geddy continua cantando ela perfeitamente. Não tem mais a potência que tinha aos 20 anos, mas agora possui melhor controle de sua voz, o que faz a diferença nessa música.

Outras músicas que se destacam são: Tears, que é uma belíssima balada acústica, com teclados muito bem encaixados e uma levada bem triste. The Twilight Zone, uma faixa surpreendente, que muda de estilo e ritmo sem perder a coesão; destaque para os vocais sussurrados baixinhos junto a Geddy no refrão, que deixa a música com um estranho tom sobrenatural. Something for Nothing, uma porrada de primeira, uma das marcas registradas da banda. Completam ainda o álbum as excelentes Lessons e A Passage to Bangkok.

Track List:
  1. "2112" - 20:34
    • I. "Overture" - 4:32
    • II. "Temples of Syrinx" - 2:13
    • III. "Discovery" - 3:29
    • IV. "Presentation" - 3:42
    • V. "Oracle: The Dream" - 2:00
    • VI. "Soliloquy" - 2:21
    • VII. "The Grand Finale" - 2:14
  2. "A Passage to Bangkok" - 3:34
  3. "The Twilight Zone" - 3:17
  4. "Lessons" - 3:51
  5. "Tears" - 3:31
  6. "Something for Nothing" - 3:59

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terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Uma pausa na programação para informar....



VOLTAMOS COM A NOSSA PROGRAMAÇÃO NORMAL!
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AHUSHUAHSUAHUSHUAHSUHAUSHUAHSUAUHSUAHUSHAUHSUHAS

sábado, 11 de dezembro de 2010

Paul em POA (parte 3) o show, tudo valeu a pena!

Paul McCartney Up and Coming Tour
Gramado Livre e Anel Inferior: R$220,00
Local:Porto Alegre, Estádio Beira-Rio
Data e Hora: 07/11/10 às 21h
Duração: 03hrs aprox.

Começou, o mestre estava no palco, Sir Paul McCartney estava em Porto Alegre, um dia histórico, um dia que vou contar para meus filhos, e vou ter a prova.
Paul McCartney entrou no palco, a multidão foi ao delírio, estava bem vestido, um smoking roxo, calça social, camisa com suspensório, (como os rapazes do Pretinho Básico falaram " o jeito que só um 'Sir' pode se vestir.) e claro, o seu baixo clássico preso a ele.
O show começou, eu não estava acreditando, não tinha caido a ficha ainda, mas eu participava do show. Quando "Venus And Mars" começou a multidão foi ao delírio, cantavam junto, e com a dobradinha perfeita, "Rock Show" iniciou e o publico interagia, quando "Jet" começou o público pulava, o estádio tremia, todos estavam cantando em coro de um jeito que Paul ficou impressionado.
Eu segurava as lagrímas com muita força, mas quando " All My Loving" iniciou, eu não aguentei mais, a lagrímas vieram, escorriam livremente pelo rosto, cantando a música inteira com a voz embargada, lembrava de tudo, de quando eu escutei Beatles pela primeira vez, do meu tio me ensinando os nomes dos componentes dos Beatles, de eu pegando o CD do meu pai escondido para escutar, do meu tio denovo me ensinando a tocar Beatles no violão, tudo, tudo me veio na cabeça, toda a minha infância, os momentos que eu parava tudo para escuta-los.
Após "All My Loving", Paul cantou musicas de sua carreira solo, e com os Wings. Paul estava muito feliz, interagia muito com o público e fez questão de aprender português em frases como: "Boa noite Porto Alegre, boa noite Brasil!", "Eu vou tentar falar português, mais falarei em inglês também", e na música "My Love", fez questão de dedicar a sua esposa em português: "Esta música eu fiz para minha gatinha, Linda, mas esta noite é para todos os namorados", e falou nos jeito dos gaúchos, como: "Mas bah tchê!", "Tri legal", e o grito tradicional "Ah, eu sou gaúcho!".
"Blackbird" foi outra que me fez chorar, e logo em seguida a musica em homenagem a John que Paul Fez para ele, "Here Today", que foi acompanhada por 60 mil pessoas.
"Dance Tonight" foi muito animada, principalmente pelo baterista que fazia dançinhas muito engraçadas, que arrancava risadas dos chorões(eu, um deles).
Tinha chegado a hora da homenagem para George, "Something" em que o público cantava junto, inteira.
Outra parte que me fez lembrar dos tempos ouvindo Beatles, foi em "Ob-La Di Ob-La Da"(que Paul nunca tinha tocado no Brasil), "Back in The USSR", "I've Got a Feeling" e "Paperback Writer".
A dobradinha "A Day in the Life" e "Give Peace a Chance" foi matadora, fez muita gente chorar e cantar, John novamente foi lembrado, por sua luta pela paz.
Se alguém estava sem lagrímas, teve que conseguir mais, pois "Let It Be" começou, e o estadio soluçava, e cantava em coro.
"Live and Let Die" começou, foi um dos pontos mais altos e emocionantes do show, com varios efeitos pirotécnicos fazendo o público pular e cantar.
"Hey Jude" começou, ai sim, o estadio todo chorava e cantava, alguns com o isqueiro erguido(eu era um), a primeira parte do show tinha acabado.
Alguns minutinhos de espera(bem poucos mesmo), e paul retorna ao palco com sua banda, agitando um bandeirão do Brasil, correndo e pulando, e seu guitarrista Rusty Anderson com a bandeira do Reino Unido.
O primeiro encore matador foi "Day Tripper" fazendo as pessoas pularem, "Lady Maddona", e "Get Back", o encore 1 estava encerrado.
Paul saiu do palco, e voltou logo depois, sozinho, com seu violão para tocar "Yesterday", fazendo as pessoas chorarem de novo(não sei onde encontram tanta lágrima), e logo depois sua banda retornou, para tirar a multidão do chão, tocando a mais pesada da noite, a clássica "Helter Skelter" dos Beatles, ninguem aparentava cansaço nessa musica, todos pulavam, o estádio tremia ao som potente das guitarras, bateria, baixo da banda e o publico pulando. E a visão de uma montanha russa no telão atraz da banda, dava uma sensação de adrenalina no publico.
Depois disso tudo, era a hora de encerrar com mais uma matadora "Stg. Pepper Lonely Hearts Club Band" e "The End", com incriveis solos de guitarra em um 'duelo' de Paul e Rusty e o solo de bateria de Abe.
A banda agradeceu o publico e se retirou, as luzes acenderam e as pessoas custavam a sair, pois queriam mais, só depois de alguns longos minutos as pessoas começaram a sair.
Lá fora, quase não conseguindo andar de tão cansado(a dor bate só quando acaba, sempre), e a dificuldade para encontrar um taxí não apagaram o brilho da noite e a sensação de ter visto um dos meus maiores idolos, e tudo que eu passei valeu a pena.

Set list

Venus and Mars /“Rock Show
Jet
All My Loving
Letting Go
Drive My Car
Highway
Let Me Roll It
The Long and Winding Road
Nineteen Hundred and Eighty-Five
Let ‘Em In
My Love
I’ve Just Seen a Face
And I Love Her
Blackbird
Here Today
Dance Tonight
Mrs Vandelbilt
Eleanor Rigby
Ram On
Something
Sing the Changes
Band on the Run
Ob-La-Di Ob-La-Da
Back in the USSR
I’ve Got a Feeling
Paperback Writer
A Day in the Life / Give Peace a Chance
Let It Be
Live and Let Die
Hey Jude
Encore
Daytripper
Lady Madonna
Get Back
Encore 2
Yesterday
Helter Skelter
Sgt Peppers Lonely Hearts Club Band / The End

Paul em POA (parte 2) O grande dia


Quando meus tios falaram que tinha chegado a hora de ir a Porto Alegre, meu coração havia disparado, entramos no carro perto de 11 horas da manhã do dia 07/11/10, rumavamos para Porto Alegre, onde iriamos almoçar na casa de uns amigos deles, que também iria ao show. Tinha eu, meus tios, minha prima, e mais umas 15 pessoas, estavamos fazendo um esquento para o show do Paul, quando eu refleti isso na hora eu quase fui as lagrimas, mais eu tinha que guardalas, pois no show eu ia precisar muito.
O almoço foi repleto de muita conversa, risadas, carne(não pode faltar) mais quase ninguem conseguia esconder a apreenção, o nervosismo de ver Paul.
Tinhamos planejado ir para o estádio quando os portões já estivessem abertos, umas 18 hrs por ai. Para tentar pegar a fila andando e esperar menos. Grande erro, chegamos lá com uma fila quilométrica, e extremamente...parada.
Tudo bem, entramos na fila, mais ai que começou o problema, a fila fazia curvas e mais curvas, e a medida que andavamos tinham pessoas que estavam furando, ou seja, não tinha ninguém para controlar, nenhum segurança. E quando chegamos na reta final, nos deparamos com pilhas e pilhas de lixo, organozação colorada só pode...
Bom depois de quase 3 horas de pé, entramos no estádio, ele estava lotado, muito lotdo, 60 mil pessoas.
A agonia era grande e desagradável, e como abertura, tinha um dj horrivel que estragava as musicas dos Beatles...Lamentavél.
Porém, quando as luzes se apagaram, todos olharam para o palco...Tudo ia valer a pena, toda a espera toda a angústia, tudo...

CONTINUA...

Paul em POA (parte 1) Os dias antes do show, as semanas mais difíceis


Era meados de setembro, e eu estava na internet vasculhando notícias, e vi uma que me chamou muito a atenção, a manchete era mais ou menos assim: Paul McCartney pode vir para o Brasil em novembro.
Não passava de um rumor, porém alguns dias depois eu me deparei com a seguinte notícia: Paul McCartney CONFIRMADO no Brasil!!
Meu coração disparou, não sabia o que fazer, um dos meus maiores idolos estava vindo para o meu país, só faltava tem um show perto, tipo em Porto Alegre, ou em Floripa, seria perfeito! Não deu outra: Site de paul McCartney confirma três shows no Brasil, dois em São Paulo, e um em Porto Alegre!
Eu fiquei tão feliz, que eu olhava pro computador com a notícia aberta na minha frente, e não sabia o que fazer, fiquei congelado.
Meus pais concordaram em deixar eu ir, e eu fui correndo para o MSN falar com meu primo que mora no RS, porque ele também ia, e eu tinha que conseguir o ingresso o mais rápido possível. Ele concordou, e me ajudou muito, sou muito grato a ele até hoje. Tinha que conseguir um ingresso pra mim, pra ele, pros pais deles e um pro meu tio que mora aqui, e que ia me acompanhar.
Depois de alguns dias, o dia da Pré-venda chegou, e eu vim correndo do colégio para acompanhar, e esperar notícias do meu primo. Ele me deu uma noticia otima, e uma ruim: a boa era que ele tinha conseguido os ingressos, mas a ruim era que ele não conseguiu para o meu tio daqui, e sem ele eu não poderia ir. Fiquei arrazado, não sabia o que fazer.
O dia do show se aproximava, eu tinha o ingresso e não poderia ir, os meus tios do RS tentando a qualquer custo uma forma para eu ir sem meu tio, porém nada daria, e eu ficava cada vez mais apavorado.
Uma semana antes da semana do show, minha irmã e o meu cunhado(padrinho) disseram que me levavariam até Porto Alegre, e eu iria no show com os meus tios, eu não sabia se ficava parado sem falar nada, ou se pulava de alegria.
Uma semana, 6 dias, 5 dias, o show se aproximava e eu estava muito nervoso, 4 dias, 3 dias, 2, 1, Eu estava em São leopoldo na casa da minha avó, e meus tios também estavam lá, os que iriam me levar no show do Paul, eu estava tão feliz.
O dia tão esperado chegou, eu estava tremendo tomando café para me manter de pé. E na hora que os meus tios falaram: "vamos está na hora de sair", meu coração disparou...

CONTINUA...

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

30 anos sem John Lennon


Bom, esta semana esta sendo muito especial, e muito dolorida para os fãs de John Lennon, pois faz 30 anos que John foi assassinado por um fã com 5 tiros, dos quais 4 acertaram John, detalhe é que o fã tinha lhe pedido um autógrafo pela manha em um LP.
08 de dezembro de 1980, um dia que eu nem sonhava em nascer, mais um dia que eu sonhava em não ter acontecido, um dia que me deixou triste demais sem eu o ter vivido.
John Lennon era um homem que pregava a paz, o amor entre as pessoas, fazia campanhas junto com a sua mulher Yoko, falando que a guerra não levava a nada.
A gravação de "Give Peace a Chance" em 1969, contra a guerra do Vietnã, transformou Lennon em um ativista anti-guerra.
Para mim, Lennon nunca devia ter sido morto, deveria estar ainda entre nós, impondo a paz e o amor, e ter tido a esperança de um mundo melhor, como era seu sonho. Um mundo sem guerras, conflito, fome, miséria...
Porém, temos que olhar para frente, e tentar levar a palavra de John a diante, porque eu acho que ele merecia estar com seus sonhos realizados, de onde quer que ele esteja. Isso é um dever de todos os fãs, não uma obrigação, e sim uma proposta.
"Let me tell you now
Ev'rybody's talking about
Revolution, evolution, masturbation,
flagellation, regulation, integrations,
meditations, United Nations,
Congratulations.
All we are saying is give peace a chance
All we are saying is give peace a chance"

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

A minha volta!

Gente, queria pedir desculpas para vocês, pois fiquei um bom tempo fora do ar, útima postagem em setembro acho, bom isso não importa mais, o que importa é que eu voltei, e tenho novidades!
O blog começará do zero, mais as postagens antigas continuarão a disposição de vocês.
O blog tem um novo nome, Words of Rock, para representar o que eu posso passar para vocês sobre esse movimento, gênero, ou até religião(para os mais fanáticos).
Agora postarei sobre variadas coisas, notícias importantes, novidades, shows, rezenhas de albúns, cifras e tablaturas, e muitas outras coisas.

Tentarei manter este blog com o que posso, pois antes não levava muito a sério. Lembrando, não sou nenhum profissional, sou apenas um admirador, fã, rockeiro, como vocês.

Muito Obrigado rockeiros!!

Atenciosamente, João Lucas